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sábado, 18 de abril de 2009

AO MEU FILHO RODRIGO

A maternidade me fez da vida a herdeira
de tudo em dobro:

sentir o sentimento,
adivinhar o pensamento
e rastrear por aí antecipando a dor...

Quieta no canto ou voz mais modulada
retenho na respiração o momento e o pranto;
sustento neste instante
as tristezas
como rolos de fumaças em suspiros.

Dobro os sinos das festas infantis de aniversário
e dos heróis assimilados.
Dobro a ardência dos namoros iniciando vôos
em tímidas perguntas...
Dobro as dúvidas saindo como gritos de flauta
nas dores do primeiro amor.

Requeiro mais do que ser respirando a todo o instante
o dobro do viver.

Passo a você, filho, da avó de seus desejos a coragem da alegria.
Leve o mais longe que puder,
ao caminho da esperança, a aragem inspirada em dobro
à herança de seus dias.

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