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terça-feira, 14 de abril de 2009

AMOR DORMENTE

Se o amor perdido
foi sofrido
e o caminho finda
inexorável
o percorrido,
melhor seria
o mais rápido que puder,
amasses profundamente
outra mulher.

Cresce a dor sem deter-se
rio acima,
pururuca que altera todo o clima,
sem crer na gravidade.

Viajante,
sei do ápice onde vejo
remoídas,
corredeiras de saudades e suspiros,
no vazio.

Minh’alma
inda dormente,
quer chegar na dor
onde dói mais,
enquanto servir de alívio
a anestesia,
da descrença ingênua nos meus ais.


Isabel Horta
12/2/96.

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