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domingo, 22 de maio de 2011

NOSINHO DA SILVA

Aquele momento havia passado desapercebido por dezenas de anos.Eu sabia que aquela ONG desenhava carteirinhas escolares para crianças deficientes físicas. Que ela havia surgido porque a mãe de uma delas queria a igualdade para as tres filhas desiguais, uma delas deficiente física. Que este é um tipo de sofrimento que todos intuem apenas à distancia. Que as escolas convencionais eram surdas aos argumentos de que a criança era as vezes tão ou mais inteligente que as demais. Apenas não se sentavam. Não andavam.Não podiam.
Cliquei no video do you tube. Aquele momento foi uma fresta. O real passou como se pudesse ser perdido por um triz.
A oficina ensinava os pais. No final do dia, coloridas, as cadeiras começavam a receber as crianças. O video registrava os irmaõzinhos sentados ao redor. Os oficineiros ajeitando os cintos laterais de segurança. A criança sendo erguida. Ganhando a segurança de algo parecido com uma coluna vertebral. A intimidade com a cadeirinha sendo conquistada pelo cheiro de tinta recente. Pela cor de mundo novo. Pela temperatura aquecida da novidade.
De repente, como se invadindo a privacidade da camara, dos olhares, da surpresa dos

presentes, as crianças riam e choravam maravilhadas.Interagiam pela primeira vez com os irmãozinhos que se sentavam curiosos e próximos. O mundo agora se sentava ao redor. Deixava de haver apenas o teto ou o braço da mãe. A cadeira aconchegava algo sem nome. Havia o ao lado,o curvar para pegar o brinquedo. O rosto do irmão de perto. Quase do tamanho das outras crianças, antes sempre mais altas ou mais baixas. Girar quase meia volta.E se quisesse, tomar o brinquedo do irmão.Poder escolher por deixá-lo entrar no seu mundo. Fazer parte dele por opção. Livrar-se da aquiescencia generosa e desqualificante.Ver pela primeira vez de perto o desejo conquistável.
Ganhar ou perder num jogo onde a regra anterior aumentava a chance do perder ou perder.

domingo, 24 de abril de 2011

CEGUEIRA




Além do corpo e mente,
viaja a cegueira dia a dia,

caminha a meu lado como amiga,

transcende desejo mais curtido

não tem força ou volúpia

nem ouvido ou musica

exala suspiros e paixões.

coisa revelada 

em perdido mundo 

se salvará de mim

no humano mais profundo.



 










sábado, 26 de março de 2011

POEMINHA PARA A PÁSCOA



Vai e leva este
cheirinho
bom de alecrim.
Vem,traga de volta
o que perdi de mim.

Vai, troca por beijos
jeitinho assim.
Vem neste molejo
sorrir carmim

Vai, manda esta carta
de amor sem fim,
Vem,salta meus versos
de trampolim.

Vai, desliza a tardinha
Até o fim
Vem,
Traz o horizonte
e me diz que sim

Noite
Vem me abraçar
  neste jardim
Sol
Diz que este dia
Nasceu pra mim.

quarta-feira, 23 de março de 2011

RIO ACIMA



Se o amor perdido
foi sofrido
e o caminho finda
o percorrido,
melhor seria
o mais rápido que puderes,
amasses  profundamente
outra mulher.

Cresce a dor sem deter-se
rio acima,
pororoca que altera todo o clima,
sem crer na gravidade.

Viajante,
sei do ápice onde vejo
remoídas,
corredeiras de saudades e suspiros
no vazio.

Minh’alma
inda dormente,
quer chegar na dor
onde dói mais,
enquanto servir de alívio
a anestesia,
da descrença ingênua nos meus ais.

Roberta Zampetti entrevista Dra Isabel : Tratamento de casos agudos graves com Homeopatia em Be...

sexta-feira, 18 de março de 2011

TSUNAMI



A palavra japonesa Tsunami vem de Tsu= porto, ancoradouro e Nami=onda, mar.Origina-se de qualquer revolta que desloque uma grande quantidade de água tal como um terremoto, um deslocamento da terra, uma manifestação vulcânica no fundo do oceano ou um impacto de meteoro. É o que estamos vendo no Japão, se contorcendo, se revirando sobre si, sem sequer poder atribuir tudo a um castigo ambiental, um meteoro ou qualquer outro impacto cósmico a cuja exterioridade nossa mãe terra estaria reagindo. Não, é algo indigesto no mais interno de suas entranhas, como se engolido pelo planeta por bilhões de anos e manifestando ter urgencia agora em se soltar, se desmoritificar e parar de remoer contido. De repente uma cólica mais forte abre uma brecha, saída para local que por algum motivo foi chamado de porto, ancoradouro de um pranto que precisa se arrebentar em ondas. Foi neste pontinho da crosta terrestre, quase 2 vezes menor e que tem quase 2 vezes menos população que Minas Gerais, que a força da natureza escolheu para se manifestar como o sétimo mais violento da história dos tsunamis do planeta. Aludindo à Bíblia, podemos recordar que no Livro Sagrado está claro que um dia Cristo voltará para iniciar uma nova era. “Só que antes da chegada deste tempo haverá dias difíceis semelhantes aos momentos que precedem o nascimento de uma criança para uma mãe grávida”. O calendário Maia prevê que algo de muito grave se passará no solstício de Inverno em 21 de Dezembro de 2012. Tão grave será o acontecimento, que o mundo tal como o conhecemos desaparecerá. Lá dentro existe com certeza alguma brecha na fragilidade interna e talvez tenhamos que buscar na cultura oriental que conversa é esta murmurrada em segredo com as forças do planeta. Háverá uma linha tênue separando fraqueza e força, fim e começo, esperança e desespero?
A brecha na crosta que nos protege pode também se abrir como medo, deslocando  grandes ondas à procura de um ancoradouro seguro com nome de tempo e duração eterna: O agora.
www.clinicaveredas.com

segunda-feira, 7 de fevereiro de 2011

PERDÃO PRA SI

Acorda minh´alma
e revele
seu vôo mais ordinal :
quanto mais alto perdoa
mais a saudade leiloa
uma esperança afinal.

CONHECER VEREDAS

Pra quem quiser conhecer a homeopatia científica, tem lá, um artigo sobre isto.
www.clinicaveredas.com

sábado, 5 de fevereiro de 2011

DESCAMINHO

DESCAMINHO

tentei fazer descaminho
de riozinho tortuoso,
navegar em retas linhas,
é um mal gosto tinhoso.
lerém lará lerém
isto faz mal, meu bem.

fazer recem nascido
voltar pra casca do ovo,
revirar redemoinho
procurando jeito novo.
lerém lará lerém,
isto faz mal, meu bem.

Consertar o consertado,
já dizia o Rosa mundo,
é revirar o pensado
em saco de erro sem fundo.
lerém lará lerém,
isto faz mal, meu bem.

a gente quer ver com clareza,
quer beber o mel do amigo
o loquaz jaz com certeza
no que faz menos sentido.
lerém lará lerém,
isto faz mal, meu bem.

eu quis fazer as desculpas
virarem buraco negro,
mas meu carinho é segredo
escapado em fagulhas.

lerem lará lerém,
leve o momento vivido
pra nada de mal sentido
permanecer no meu bem.

Bel, desolada. 30/09/2010

terça-feira, 25 de janeiro de 2011

VEREDAS: CLINICA POÉTICA: Vejam nova postagem no menu artigos-doenças no www...

VEREDAS: CLINICA POÉTICA: Vejam nova postagem no menu artigos-doenças no www...: Porque fico doente e não procuro o médico
Porque estou doente e não procuro o médico? PDF Imprimir E-mail
Escrito por Dra. Isabel Horta
Qua, 29 de Dezembro de 2010 16:26

Meu avô,chamado papai Telles, era médico. No leito de morte, 8 colegas foram visitá-lo. Ao vê-los, ele disse, poucas horas antes de morrer, uma de suas frases jocosas:

-Agora é que estou perdido mesmo.

A gente enfrenta a doença e a morte de muitos jeitos.Qualquer deles, entretanto, serve para nos defender da solidão e do medo desta hora que todos enfrentaremos.

A tese de antropologia de um amigo meu, já falecido, Domingos Gandra, procurava uma explicação para um grupo de pacientes do Hospital das Clínicas, que ele ouvia como antropólogo e que negavam que estavam doentes, apesar da atitude contraditória de estarem num hospital para se curar (muitas vezes obrigados pela família).

Estes comportamentos de negação e aversão dos pacientes ao tratamento médico,manifestavam-se às vezes pela linguagem (o doutor falou que eu bebo mas não acho que eu seja alcoólatra ou o doutor falou que sou agressivo ou sou egoísta, mas minha mulher é que é, ou não tenho estas dores de coluna assim tão fortes como o senhor fala,doutor. Outros se negavam a fazer exames porque não queriam saber o resultado

Alguns ficavam anos com dores reumáticas sem procurar médico ou adoeciam mais gravemente que os parentes, ao vê-los doentes, mas ainda se recusando a procurar o médico. Tinham uma fala desqualificadora sobre a medicina, que na verdade,escondia o medo de estarem irremediavelmente doentes e sem cura.

Estas e muitas outras observações, levaram o Gandra a querer conhecer o que motivava tais doentes a perderem a chance de se tratar,utilizando diversas maneiras de negar que estavam doentes.

Tenho muitos pacientes com doenças graves como Lupus, Colite Ulcerativa Crônica e outras, que se equilibram clínica e laboratorialmente com a medicação homeopática.Os familiares,que presenciaram anos de tratamento sem resultado obtido apenas após o tratamento homeopático, recusam-se a procurar seja a medicina convencional ou a medicina homeopática, alegando cansaço de tentativas,falta de tempo,horror a remédios etc. Todas estas, segundo o Gandra, seriam racionalizações que permitem a estes pacientes ,defenderem-se do risco de não serem curáveis, maior para quem é leigo do que para quem é médico, é claro.

“O que mais um homem precisa saber é o que ele menos se pergunta-(J.G.R). No leprosário Santa Isabel, numa época em que a Hanseníase tinha mesmo muito menos chance de cura que hoje, os pacientes responderam ao Gandra quando ele perguntou,espertamente,algo para o que todos tinham uma resposta preparada, ao menos de forma inconsciente:

-Quanto tempo depois que vocês entraram aqui, ainda ficaram com medo de pegar a doença?

A maioria respondeu que ainda tinha medo ou quando admitiam que já eram hansenianos, amenizavam:

-É doutor, mas a minha doença “ é menos contagiosa que a dos outros” .

Indo mais longe, o Gandra se dispôs a procurar o diretor do Leprosário para perguntar-lhe se eram comuns os suicídios. Não eram. Mas quando aconteciam, era na semana do diagnóstico.O que confirmava que admitir uma doença para a qual não se acredita na cura, pode levar `a exacerbação, de maneira terrível, do sentimento de medo e solidão que enfrentamos, diante de problemas insolúveis ou para os quais não conhecemos a solução.

Última atualização em Seg, 03 de Janeiro de 2011 16:42

segunda-feira, 24 de janeiro de 2011

Vejam nova postagem no menu artigos-doenças no www.clinicaveredas.com: ARTRITE REUMATÓIDE CURADA COM HOMEOPATIA Isabel Horta

quarta-feira, 19 de janeiro de 2011

sábado, 15 de janeiro de 2011

VEREDAS: CLINICA POÉTICA

VEREDAS: CLINICA POÉTICA:

Lugar onde voce verá meus interesses em poesia, de onde aspiro interesses profissionais: pesquisas sobre dor cronica com homeopatia...