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sábado, 18 de abril de 2009

AO MEU FILHO MARCELO

Pensamentos se engravidam
como girassóis abrindo o dia,
num silêncio de apagar estrêlas...

Sensação ardente me percorre as veias como lavas vulcânicas,
adormecidas sob a pele..

Ele deita a cabeça na janela pensativo, explodindo do cabelo
as luzes amarelas, o corpo candente,desvestido,
acendido pela lua no reflexo aéreo e sombrio
da paisagem nua.

Beleza que emudece do ambiente toda cor.
Lembrança puérpera, como aragem úmida,
do sentimento tímido do aconchego,
diapasão de amor materno.

Filho desconhecido
dos meus sonhos:
se a quietude e mansidão evoca rebelião em meus medos,
como a boca das árvores inquietas pelos ventos,
voce sopra seus enredos como brisa
e adormece em paz os sentimentos...

Quero-te filho,
no caminho inaparente das buscas,
no interior das questões que afogueiam teus sonhos,
para que os ventos do destino te façam passageiro
de um mundo mais sábio, da harmonia oculta,
mensageiro.

23/7/98

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